O presidente da Usiminas, Sergio Leite, vê com otimismo a retomada econômica brasileira. “A Usiminas está preparada para este momento”, afirmou o executivo, em entrevista online concedida à imprensa da Região Metropolitana do Vale do Aço, na manhã desta quinta-feira (9) dentro do projeto Diálogos Usiminas.
No momento, em função dos reflexos na economia da pandemia de Covid-19, a Usiminas opera com ociosidade de 60 por cento. Com a capacidade instalada para produção de 10 milhões de toneladas de aço/ano, a empresa prevê a produção de apenas 4 milhões de toneladas em 2020, através do sistema just-in-time. “Produzimos conforme a demanda, não mantemos aço em estoque” – esclarece.
Como o foco da Usiminas é o mercado interno, onde comercializa 90 por cento de sua produção, as manobras da siderurgia chinesa (basicamente toda estatal e subsidiada), tem trazido poucos reflexos para companhia mineira, que continua, apesar da crise, o cronograma de investimentos em tecnologia e modernização do processo produtivo. No entanto, o aporte de R$ 1 bi previsto para modernização da Usina de Ipatinga neste ano será reduzido para R$ 600 milhões, um pouco superior aos R$ 500 mi investidos em 2019.
Para o segundo semestre, os investimentos serão em meio ambiente, segurança e na geração de empregos. “Não há previsão de ampliação na produção, alguns produtos que passaram a integrar o core business da empresa terão uma atenção especial, como a energia solar, que vem crescendo no Brasil. A linha de produtos voltados para o mercado de energia solar pela companhia contempla tubos e perfis de aço galvanizados, desenvolvidos a partir de materiais produzidos na Usina de Ipatinga”.
“Vemos o início do semestre com o viés positivo. Apostamos na retomada da economia, após o período da pandemia, que ainda merece muita atenção e cuidados” – conclui Leite.